Música, literatura, jornalismo, cinema, opinião, variedades, confissões e devaneios...
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Novo CD solo de Marcelo Camelo nas lojas em setembro!
O coração na ponta das chuteiras

Foi assim que a medalha de ouro da seleção feminina de futebol transformou-se em prata. A prata mais dourada que já vi porque foi regada pelo suor da perseverança. Se as meninas não chegaram ao lugar mais alto do pódio, tiveram o reconhecimento dos irmãos tupiniquins.
“Verás que um filho teu não foge à luta.” Lamento que os rebentos da seleção masculina não tenham encarnado o espírito guerreiro invocado no hino da nação que deveriam defender. Todavia é a outro senhor que os jogadores servem. O dólar, o euro e o real: a trindade que para eles é a santa.
Amor a camisa. Ah... o amor! Se antes movia nossos soldados no campo sagrado do futebol, hoje,
ele é uma utopia. A inesquecível derrota para a Itália na Copa do Mundo de 82 feriu quase mortalmente uma geração. O lenitivo ficou por conta da garra e do futebol bonito que os combatentes brasileiros demonstraram na ocasião.Raça que sequer entrou em campo no Mundial de 98 (França) e que passou longe do estádio dos Trabalhadores (Olimpíadas de Pequim 2008). Porém, hoje (21/08/2008), floresceu no mesmo estádio dos Trabalhadores com as guerreiras-meninas brasileiras.
Mostraram a uma nação e aos machistas (que insistem em afirmar que mulher não entende nada de futebol) que aprenderam a jogar com os homens. Isso, nós mulheres, temos que admitir! Mas uma lição foi ensinada e, ao contrário deles, elas não esqueceram. Quando entram em campo tiram o coração do peito e o colocam na ponta das chuteiras.

Valeu, meninas! O ouro é só questão de tempo porque vontade e amor vocês têm de sobra. E quem sabe um dia, os meninos aprenderão com vocês o que os ancestrais deles ensinaram: amor à camisa.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Cazuza em DVD
Em comemoração aos 50 anos que o cantor Cazuza faria em abril , foi concebido e está nas lojas o DVD Cazuza - pra sempre, que traz duas apresentações históricas do artista, morto em 1990, de complicações decorrentes da Aids. Eis o set list do vídeo:1. Exagerado
2. Medieval II
3. Por que a gente é assim
4. Vida louca
5. Boas novas
6. Ideologia (participação especial: Frejat)
7. Nosso amor a gente inventa
8. Blues da piedade (participação especial: Frejat e Sandra de Sá)
9. Faz parte do meu show
10. Todo amor que houver nessa vida
11. Codinome beija-flor (participação especial: Simone)
12. Preciso dizer que te amo
13. Só as mães são felizes
14. O tempo não pára
15. Bete balanço
16. Um trem para as estrelas (participação: Gilberto Gil)
17. Brasil (participação especial: Gal Costa)
sábado, 21 de junho de 2008
O que é blasfêmia?
Fonte: Revista Vida Simples, n° 66 (Maio/2008) - Editora Abril.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Confissões, devaneios e sossego... Muito sossego!
domingo, 15 de junho de 2008
Relato do show de Jorge Vercillo em Recife (14/06/08)
Jorge entrou após o show de Luiza Possi, quase a uma da manhã. Foi ovacionado pelo Chevrolet Hall lotado, assim que começou a fazer as vocalizes de "Melhor Lugar", antes mesmo das cortinas se abrirem. Foi bonito ver e ouvir os milhares de fãs cantando "Sonhamos paisagens, compramos passagem e nunca voamos pra lá" em coro. Após a segunda música, ele cumprimentou o público pernambucano e falou da satisfação de vir sempre a Recife. Elogiou Luiza Possi e falou de seu parceiro musical, Dudu Falcão, que estava aniversariando, e cantou "Ciclo", parceria de ambos (outro número em que o público em peso cantou junto, principalmente no refrão de "Eu que não sei quase nada do mar"). Emocionou a todos ao relembrar Gonzaguinha, com "Espere por mim, morena", em casadinha com sua bela "Luar de sol". Em seguida,
houve o momento marcante em que cantou "Signo de ar", com um novo arranjo que ficou meio bossa (muito mais bonito que o 'dance' original). Foi praticamente idolatrado quando cantou "Ela une todas as coisas", cujos arranjos estavam completamente fiéis ao disco (o violino praticamente falava! Lindo). Ele soltou a voz em "Devaneio" e deve ter provocado arrepios no público inteiro naquele momento da paradinha: "e o silêncio... fala mais que a traição". Explicou a letra altruísta e espirituosa de "Vôo cego", uma das canções mais fortes de seu último disco. Arrasou na difícil “Numa corrente de verão”, parceria dele com Marcos Valle. Surpreendeu com o novo arranjo de "Homem-aranha", meio jazzístico, mas que não conseguiu empolgar tanto quanto o anterior. A mudança brusca causou uma certa estranheza em muitos dos presentes.
Ponto para Calasans, que se mostrou afinadíssimo em “Eu só quero um xodó”. Logo em seguida, Jorge tentou dar uma renovada na surrada “Fênix”, com uns arranjos modernos, sem aquele batido solo de sax, mas ele bem que poderia dispensá-la e trazer à tona alguma canção do tão esquecido segundo disco, como, por exemplo “Infinito amor” ou “Raios da manhã”. Mas é fato que o público adora vê-lo cantar “Fênix”. Vercillo emocionou o público com “Encontro das águas” e, logo em seguida, atendeu aos pedidos insistentes para que cantasse “Avesso”, que se tornou música cult gay por causa da letra. A seqüência final do show iniciou-se com “Todos nós somos um”, quando Jorge mandou abrir a grade de proteção que separava as mesas da pista e todos se misturarem, fazendo jus ao título da canção. O público das mesas deve ter odiado (risos), mas o restante ficou enlouquecido, em êxtase!!! Em seguida, cantou Cazuza, Coisa de Jorge e outros hits radiofônicos! ÓTIMO show, como não poderia deixar de ser, em se tratando de JORGE VERCILLO.segunda-feira, 28 de abril de 2008
A ressurreição do disco de vinil na era de download e pirataria
Era um ritual simples. Antes de mais nada, existia o prazer de ver a capa e
tocá-la. Foi-se o tempo em que se tocava na música. Você tirava o disco da capa, colocava-o com delicadeza no prato da vitrola, pegava a pequena alavanca do braço (ou pick-up), virava para o lado que queria (78 ou 33 e 45 rpm) e deixava pousar sobre o bolachão. Aquele chiado inicial antes de começar a canção é inclusive usado como sonoridade em músicas até hoje. domingo, 27 de abril de 2008
Hip Hop e a música com sabor de rapadura

No novo disco, Madonna continua focada no clima club e acende as raízes do passado que mandam sinais de fumaça da vida urbana em Detroit e do começo em Nova Ioque para uma noite habitada pela batida hip hop em parcerias com artistas como Timbaland, Justin Timberlake, Pharrell Williams (do Neptunes) e Nate "Danja" Hills. Todo mundo esperava que ela transformasse o hip hop para não parecer com as outras cantoras pop que descambaram por esse lado como Nelly Furtado. Com esta, para não mentir ou omitir, há uma farpa de parentesco nos maneirismos vocais e arranjos de “Heartbeat”, nada que comprometa a originalidade do disco na obra de Madonna ou que dê cabimento para é “mais-do-mesmo”. Não há uma transformação. Há uma reafirmação do casamento pop-hip-hop e o disco não parece nada com a concorrência.
É uma miscelânea de elementos que estão custando caro aos ouvidos apressados. Se “Confessions...” mantinha uma unidade sonora do início ao fim e é o que se espera dos discos para taxá-lo de bom, as canções de “Hard Candy” bebem da hibridez que distancia uma faixa da outra e confunde o ouvinte. Com disco music, electro, vocoders, muito sintetizador e bateria programada as músicas não se comunicam, mas também não se trumbicam.
2. "4 Minutes" - escrita por Madonna e Justin Timberlake, produzida por Timbaland, com vocais adicionais de Justin Timberlake, é o primeiro single do disco e passa longe de ser a melhor faixa. Traz aquele pancadão funk e é a mais hip-hop de todas.
domingo, 20 de abril de 2008
Para um amor no Recife (parte final).
Abri espaço no meu peito para que você surgisse, sem pressa, sem culpa, sem crises, sem pudores... Na minha mente estúpida de romântico inveterado, acreditei que finalmente a felicidade tinha chegado a mim, dando-se assim na forma de uma paixão avassaladora que poderia ter se convertido em amor, com o tempo! Agora faço minhas as palavras de Renato Russo, quando ele diz: "A felicidade é uma mentira. E a mentira é salvação".
Era uma situação nova, distinta para mim, e eu me esforcei para que as coisas dessem certo, apesar das adversidades inerentes às nossas rotinas! No entanto, quando penso que tudo são flores, você quebra o encanto da maneira mais vil e indelicada... E sequer teve a coragem de direcionar seus olhos verdes aos meus para eu ter certeza de que eles diziam a verdade. Não! Aquilo não poderia estar acontecendo... Não em se tratando de você! Mas aconteceu! E não há como esquecer o que já se fez! É difícil esquecer sua figura transtornada, como se outra alma tivesse tomado conta de seu corpo para destruir tudo de belo que estava sendo construído... Mas não era outra alma coisa nenhuma: era sua personalidade mesmo! Você é assim, e nada posso fazer quanto a isso!
Dessa vez não vou chorar. Não quero nem posso fazê-lo, pois não vale à pena o desgaste. Em meus 26 anos de vida, descubro a importância das decepções para a obtenção contínua da experiência, embora a minha maquineta da resignação não funcione adequadamente e me leve a maldizer os dissabores, como se eles fossem de todo ruins! Mas agora, ao invés de derramar meu pranto, vou rir meu riso!!! E para findar, desejo apenas uma coisa a quem não me amou: saiba amar alguém verdadeiramente um dia! E muito obrigado pelo aprendizado!
Gostaria de agradecer a todas as pessoas queridas, que estão comigo e não me deixam ficar sozinho! A vida segue... e a fila anda!
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Simone e Zélia Duncan juntas em CD e DVD ao vivo!
E não poderia faltar no repertório a sempre criativa compositora Sueli Costa, representada na lúbrica canção "Medo de amar nº 2" - é impossível se esquecer da gravação original desta pérola, incluída no clássico LP "Cigarra", de 1978, em que Simone, com voz sensual, quase sussurrada, entoa os lascivos versos: "Você me deixa um pouco tonta, assim meio maluca/ Quando me conta essas tolices e segredos/ E me beija na testa, e me morde na boca, e me lambe na nuca.../ Você me deixa surda e cega/ Você me desgoverna quando me pega assim nos flancos e nas pernas, como fosse meu dono... ou então meu amigo, ou senão meu escravo/ E eu sinto o corpo mole, e eu quase que faleço quando você me bole, bole... mexe, mexe/ E me bate na cara, e me dobra os joelhos... e me vira a cabeça!/ Mas eu não sei se quero ou se não quero esse insensato amor, que eu desconheço, e que nem sei se é falso ou se é sincero/ Que me despe e me vira pelo avesso(...)".
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Sangue, mistério e arte.
Sweeney Tood - O barbeiro demoníaco da Rua Fleet
Histórias fantásticas com temática sombria sempre foram o forte do diretor de cinema, Tim Burton, que lançou recentemente o musical "Sweeney Todd: o barbeiro demoníaco da Rua Fleet", estrelado por Johnny Depp, ator quase onipresente nos filmes do diretor, e Helena Bohan-Carter, talentosa atriz, esposa de Burton.
A trama de Sweeney Todd - que muitos dizem ser verdadeira - originou-se do romance "The string of pearls" e conta a saga de Benjamin Barker, nascido e crescido na Londres do século XVIII, empestada por doenças, poluição, pobreza e corrupção. Foi aprendiz de barbeiro, teve noções de anatomia e de como assaltar com mão leve os bolsos dos clientes. Após sair da cadeia, abriu uma loja na Rua Fleet e se casou com uma linda jovem, que atraiu a cobiça do juiz da cidade (vivido no filme por Alan Rickman). O casal cai numa cilada da Justiça e é separado. Benjamin Barker (Johnny Depp) fica numa prisão na Austrália durante 15 anos. A esposa dele morre envenenada, dizem, e sua filha passa a ser criada e protegida pelo juiz, que a mantém em cárcere privado. Após cumprir pena, o barbeiro volta à Europa, com o nome de Sweeney Todd, em busca de vingança. Nasce, dessa forma, a lenda.
Os crimes da Rua do Arvoredo
No Brasil também houve um caso escabroso e real que guarda algumas semelhanças com a história de Sweeney Todd: em 18 de abril de 1864, a polícia de Porto Alegre deparou-se com uma cena de crime horripilante: no porão da casa de José Ramos e Catharina Palse, na Rua dos Arvoredos, estavam enterrados os pedaços de um corpo humano, já em avançado estado de decomposição. O cadáver havia sido retalhado, com a cabeça e membros do tronco, e este, por sua vez, repartido em vários pedaços. A vítima havia sido identificada: era o alemão Carlos Claussner, dono de um açougue na Rua da Ponte. Ao examinar um poço desativado na casa, a polícia encontrou vários outros corpos esquartejados. A motivação dos crimes era evidente : Ramos e Palse mataram para se apossar dos bens de suas vítimas. Os crimes causaram repugnância, especialmente depois que uma série de boatos davam conta de que o casal assassino fazia lingüiça com a carne das vítimas e vendia o produto num movimentado açougue de Porto Alegre. Detalhe: as lingüiças tinham boa aceitação entre os consumidores. A polêmica sobre a veracidade da lingüiça de carne humana até hoje divide os gaúchos, embora esse fato jamais tenha sido mencionado nos autos dos processos existentes. A difusão da lenda justifica-se na assertiva de que a cidade de Porto Alegre era uma verdadeira Babel de imigrantes de diferentes nacionalidades e culturas, ou seja, um ambiente propício à criação de lendas e histórias fantásticas.
Perfil dos assassinos:
José Ramos (autor dos crimes)Ramos era ex-soldado da Polícia, gostava de música, freqüentava o recém-inaugurado Theatro São Pedro e andava bem vestido. Enfim, era, como se dizia na época, um boa-vida. Aproximava-se de suas vítimas com desfaçatez. Apresentava-se como amigo e sempre oferecia alguma vantagem, para atrair a vítima à morte.
Depois de matá-la, apropriava-se de seus bens. Era extremamente cruel, pois matava as vítimas com golpes de machado na cabeça, as degolava e esquartejava, antes de sepultar seus corpos. Era mistura de serial killer, cínico, descarado e mentiroso.
interpretando o assassino José Ramos
Catharina Palse (cúmplice)
A húngara amásia e cúmplice de José Ramos era uma mulher de grande beleza. Atraía as vítimas para a tal casa-açougue, para que fossem mortas por José Ramos, esquartejadas e, com a carne, eram fabricadas as lingüiças, que eram vendidas no comércio da cidade (nota-se aí a semelhança dos assassinos José Ramos e Catharina com os respectivos personagens de Johhny Depp e Helena Bohan Carter no filme Sweeney Todd).
Natália Laje no papel de Catharina Palse,
cúmplice de José Ramos nos crimes
Arquivo nacional
O processo dos crimes da Rua do Arvoredo encontra-se hoje guardado no Arquivo Nacional (RJ), apesar da crença generalizada no sumiço dos papéis. Segundo o historiador Décio Freitas, autor do livro O maior crime da Terra (Editora Sulina, 1998), o processos estão incompletos, são todos manuscritos e de difícil compreensão, o que torna a investigação do texto uma tarefa árdua. Portanto, jamais se saberá se a história é completamente verdadeira, pois somente as folhas faltantes nos autos é que poderiam dar algum indício sobre a veracidade das tais lingüiças ou não.
Fontes pesquisadas:
Livros:
- COIMBRA, David. Canibais, paixão e morte na Rua do Arvoredo. C.L&PM Pocket, 2005;
Internet:
- Site da Rede Globo/Linha Direta:
http://redeglobo.globo.com/Linhadireta/0,26665,GIJ0-5257-226046,00.html (acessado pela última vez em 15/04/2008).- Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crimes_da_Rua_do_Arvoredo (acessado pela última vez em 15/04/2008).
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Nos beijamos demais
Alta noite! Trancado estou em meu quarto. O vento frio adentra o ambiente pela janela. Ninguém lá fora... O mundo dorme e eu continuo acordado... Ouço apenas o barulho da chuva que cai incessantemente. Ponho uma canção do Jorge Vercillo pra tocar e acendo um incenso. Em poucos segundos, o cheiro de cravo da Índia começa a exalar e a tomar conta de mim... E eu fico inebriado... Aquela canção gostosa me invade os ouvidos: - Breve coração, tens um eterno ardor que me inunda a alma de emoção (...). Desfaleço-me sobre a cama, já despido das roupas e dos problemas. Como é doce viver para me recordar de que há poucos instantes eu tive o meu amor nos braços... Nós nos beijamos demais, entregues ao desejo arrebatador... Ai, a sua pele em brasa a me chamuscar, a esgrima de língua, a face roçando a minha, o torso, o gosto do suor, as pernas entrecruzadas e a indizível sensação de sua boca de maçã a percorrer e a beijar cada pedaço do meu corpo... Todos os sentidos direcionados à libido, à busca do êxtase puro.
Ah, indelével ânsia de amar, por que caminhas lado a lado comigo? Por que não me deixas? Não sei explicar a razão nem quero! Já estou irremediavelmente louco, embriagado de amor...
terça-feira, 18 de março de 2008
Zizi em DVD
Zizi Possi - uma das mais talentosas cantoras do Brasil - abre temporada de 12 espetáculos, repletos de convidados, com diferentes repertórios, na casa paulista Tom Jazz para celebrar os 30 anos de sua bem sucedida e elogiadíssima carreira. O projeto - cuja idéia é juntar um vasto material em vídeo e compilar os melhores momentos de todos os shows num DVD - foi intitulado "Cantos e contos". “Receber e apresentar os amigos, cantar com eles, ter espaço para contar e ouvir histórias. O projeto 'Cantos e contos' é a realização de um sonho que tenho acalentado há alguns anos. Ampliar as possibilidades de viver a liberdade de cantar a canção que me escolhe, poder partilhar essa delícia com o público, com os músicos e artistas que gosto e admiro, já é por si só um luxo. Fazer isso acontecer semanalmente é um verdadeiro oásis para quem, como eu, tem sede de música, beleza, cultura e arte. O palco é minha morada e estou feliz porque estarei 'abrindo minha casa' para receber amigos no palco e na platéia, fazer e ver a música ser feita, viva e ao vivo, integrando a todos", afirma a cantora.
A primeira das apresentações aconteceu na última terça-feira (11/03) e contou com participação da onipresente Alcione. Zizi abriu o show ao som de "O que é, o que é", de Gonzaguinha, e entoou na seqüência outros sucessos como "Mais simples", "Ar puro", "Lamentos" e "Viver, amar, valeu". Para os próximo shows - que acontecerão sempre às terças-feiras, até o dia 27/05 - já estão confirmadas as participações de Eduardo Dussek, Luiza Possi (filha da cantora), João Bosco, Ivan Lins, Bibi Ferreira, Edu Lobo, Ana Carolina e Alceu Valença (com quem a Zizi fez um arrebatador dueto em "Tesoura do desejo", presente no disco do cantor, "Sete desejos", de 1992).
Espera-se que, ao longo das apresentações subseqüentes, a cantora volte a deliciar o público com os seus sucessos mais populares, que a consagraram nos anos 80, como "Asa morena", "Noite", "Perigo", "Meu amigo, meu herói", "Eu velejava você", "A paz, "Nunca", "Luz e mistério", "Caminhos de sol" e "O amor vem pra cada um", mas sem abrir mão da qualidade e do total requinte que permeiam seus discos e shows.
Desde o seu surgimento na mídia, no longínquo 1978 - através da canção "Pedaço de mim", em célebre dueto com Chico Buarque - Zizi Possi colecionou grandes êxitos em sua carreira durante toda a década de 80, cujo ciclo se encerrou com o primoroso disco "Estrebucha Baby", de 1989, que marcou o afastamento do padrão radiofônico da época e, por essa razão, foi duramente criticado e recebido com frieza. O fracasso de vendas do LP marcou a saída da cantora da gravadora Polygram e a sua entrada na gravadora de pequeno porte, Eldorado, onde gravou o elogiadíssimo disco acústico, "Sobre todas as coisas", que foi um divisor de águas na carreira de Zizi e rendeu a ela os prêmios Sharp (atual Prêmio Tim de Música) e APCA (de melhor cantora e disco de MPB em 1991). Os discos "Valsa brasileira" (1993) e "Mais simples" (1996), repletos de regravações de canções pouco conhecidas de artistas consagrados, encerram a trilogia acústica da cantora. O êxito de vendagens do último disco resultou na primeira produção em língua estrangeira de Zizi Possi, "Per amore" (1997), cuja faixa-título fez enorme sucesso por conta de sua inclusão na novela "Por amor", de Manoel Carlos. Nessa época, Zizi fez muitos shows pelo Brasil e foi bastante aclamada pelo requinte do repertório e pelo seu total domínio da língua italiana. O sucesso foi tão grande que resultou no disco "Passione" (1998), considerado a continuação do anterior, que lhe garantiu novamente um disco de ouro e de platina. Em 1999, retomou o repertório brasileiro com o álbum "Puro prazer", no qual concretizou um antigo projeto de gravar voz e piano. Em 2001, gravou o CD "Bossa", que foi considerado um fiasco de vendas e criou uma indisposição de Zizi com a gravadora. A partir daí, deu-se a decisão da cantora de não mais assinar contratos longos com gravadoras. Os três anos seguintes marcaram a depressão de Zizi Possi e seu afastamento da mídia por um tempo. Em 2005, lançou em CD e DVD o restrito trabalho "Pra inglês ver e ouvir", com repertório formado por clássicos da música inglesa e norte-americana, gravado ao vivo no Teatro Frei Caneca, em São Paulo. Por fim, o ano de 2008 marca o feliz reencontro de Zizi Possi (em plena forma aos quase 52 anos de idade) com seus antigos sucessos, parceiros queridos e público cativo. Conhecida por ser extremamente exigente no tocante à qualidade da sonoridade (fruto de seus estudos de composição e regência desde a adolescência), Zizi certamente saberá extrair o supra-sumo dessa série de apresentações do Projeto "Cantos e Contos" e presenteará todos os fãs com o que há de melhor em sua música.
quarta-feira, 12 de março de 2008
A reforma ortográfica da língua portuguesa
As principais mudanças para os brasileiros:
As mudanças afetam apenas a grafia das palavras. Permanecem inalteradas as pronúncias típicas de cada país. As modificações mais significativas são:
1. As letras "k", "w" e "y" são incorporadas ao alfabeto, que passa a ter 26 letras;
2. As regras de hifenização foram simplificadas. Agora não se usa mais hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente (ex: autoescola);
3. Algumas palavras passam a ter grafia dupla, a fim de contemplar diferentes pronúncias (ex: gênio/génio);
4. Extinção do trema, a não ser em nomes próprios e seus derivados (ex: palavras como "freqüência" e "eloqüencia" passam a ser frequência, eloquência);
5. O acento agudo deixa de ser utilizado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição), por exemplo;
6. O acento agudo também está abolido nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas (ex: "idéia" passa a ser "ideia");
7. O acento circunflexo deixa de existir em palavras terminadas em hiato "oo" (como "enjôo") e nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo e subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados (as grafias passam a ser "creem", "deem", "leem" e "veem").
domingo, 9 de março de 2008
Novidades em breve!
Está aberto a vocês o espaço para envio de críticas, sugestões e dicas para melhoria do nosso querido Café Cultural. Gostaria também de agradecer o carinho e a participação de todos os que acessaram o blog e comentaram as matérias ao longo desse primeiro ano de existência. Ao colaborador Williams Vicente, deixo meu sincero abraço e aproveito o ensejo para dizer-lhe que estou sentindo falta de sua participação ativa no blog, com seus textos que tanto agradaram aos leitores e enriqueceram ainda mais este espaço!
Atenciosamente,
Freddy Simões
Editor-chefe do blog
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Assédio moral no trabalho.

Reconhece-se o assédio moral quando o chefe:
- estabelece metas impossíveis de se atingir;
- sobrecarrega o funcionário, atribuindo a ele mil tarefas simultaneamente, e a maioria delas inúteis ou degradantes;
- torna o trabalhador alvo de chacotas e piadas e passa a chamá-lo por um apelido ridículo;
- faz acusações ou suspeitas de furtos;
- duvida da autenticidade dos seus atestados médicos;
- zomba de sua aparência física;
- deixa de fornecer materiais e instrumentos de trabalho (retirada do telefone ou do computador, por exemplo);
- ignora sua presença e só se dirige aos demais colegas, passando à vítima a impressão de que ela é insignificante e descartável;
- registra quantas vezes o funcionário vai ao banheiro, controlando seus movimentos;
- sugere ao trabalhador que peça demissão; e muitas outras situações humilhantes.
Como se defender do assédio moral?
Além disso, a vítima deve procurar um sindicato e pedir orientação sobre como proceder para buscar assistência jurídica e formalizar denúncias no Ministério Público, Ministério do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina, que tem uma resolução sobre a saúde do trabalhador (1488/98).
Fontes pesquisadas:
HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio moral: a violência perversa no cotidiano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
PIMENTEL, Déborah. Assédio moral no trabalho. Aracaju: Sindicato dos Eletricitários do Estado de Sergipe, 2007.
ASSÉDIO MORAL. Disponível em www.assediomoral.org. Acessado em 07/02/2008.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Muitos carnavais...
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
O Rei do Pop prepara sua volta!
Após um longo período repleto de confusões e polêmicas, Michael Jackson prepara terreno para sua volta, com o tão esperado CD de inéditas, produzido pelo rapper Will.I.am, do Black Eyed Peas, com lançamento previsto ainda para este semestre. Antes disso, será lançada no dia 12 de fevereiro a edição comemorativa dos 25 anos do álbum mais vendido de todos os tempos - "Thriller 25th Anniversary Edition", que virá com novo encarte e trará os clássicos do disco totalmente remasterizados, assim como novas versões de alguns dos hits. O primeiro single "The Girl is Mine 2008" já está nas rádios de todo o país, como Joven Pan e Transamérica, desde do dia 15 de janeiro, e conta com a participação do rapper Will.i.am. Mas a parceria do músico com Jackson não ficou apenas em uma canção. Depois de produzir nomes consagrados da música atual como Justin Timberlake, Fergie e Snoop Dogg, Will.i.am vivenciou um novo desafio: o rapper teve a tarefa de dar uma nova sonoridade aos clássicos do rei do pop. Em "The Girl is Mine", Will.i.am introduziu batidas mais fortes, sem perder o charme e o romance da versão original (gravada em duo com Paul McCartney): "Every night she walks right in my dreams/ Since I met her from the start/ I'm so proud I am the only one/ Who is special in her heart/ The girl is mine". A nova edição de Thriller contará ainda com as ilustres participações de Akon, Fergie e Kanye West, que remixou "Billie Jean". Um DVD também será lançado com os clipes de "Thriller", "Billie Jean" e "Beat It" e o célebre especial "Motown 25: Yesterday, Today, Forever", produzido pela NBC, em 1983, onde Michael mostrou para uma platéia boquiaberta o incrível passo de dança em que ele andava até o canto esquerdo e voltava deslizando de costas. Naquela noite do especial, mais do que mostrar ao mundo pela primeira vez o passo a que chamou "Moonwalk", Jackson consagrara-se como nada menos que o "Rei do Pop". terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Para um amor em São José do Egito...
Fim de noite... Doces minutos de loucura em que me lembro do perfume embriagante que exalava daquele pescoço... O toque sutil daquelas mãos impetuosas a acariciar minha pele cravada de arrepios... Ah, como é bom viver para me desprender, ao menos por instantes, dessa maçante rotina, e me lembrar do quão feliz, meu bem, você me fez naquela madrugada de desejos profundos e ocultos que podem parecer deveras ignóbeis, mas que constituem a representação nua e crua do puro e inelutável prazer! "Navega em mim, que eu sinto os prazeres do mar".quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
2008 promete!
Ano-novo, época de esquecer fantasmas, hora de viver intensamente, de buscar novos rumos, novos horizontes... Cuidar do corpo e da mente... CANTAR... Cantar a vida, os amores... Celebrar o recomeço, a esperança... TRABALHAR... Trabalhar para alcançar os intentos, elaborar projetos e concretizá-los... AMAR... Amar sempre e incondicionalmente! Sinto-me feliz e realizado por me encontrar no estado de graça que a música me deixa! Meu Deus é músico, tenho certeza! Quero viver, cantar, amar cada vez mais! 2008 promete...




