segunda-feira, 7 de abril de 2008

Nos beijamos demais

Para um amor no Recife

Alta noite! Trancado estou em meu quarto. O vento frio adentra o ambiente pela janela. Ninguém lá fora... O mundo dorme e eu continuo acordado... Ouço apenas o barulho da chuva que cai incessantemente. Ponho uma canção do Jorge Vercillo pra tocar e acendo um incenso. Em poucos segundos, o cheiro de cravo da Índia começa a exalar e a tomar conta de mim... E eu fico inebriado... Aquela canção gostosa me invade os ouvidos: - Breve coração, tens um eterno ardor que me inunda a alma de emoção (...). Desfaleço-me sobre a cama, já despido das roupas e dos problemas. Como é doce viver para me recordar de que há poucos instantes eu tive o meu amor nos braços... Nós nos beijamos demais, entregues ao desejo arrebatador... Ai, a sua pele em brasa a me chamuscar, a esgrima de língua, a face roçando a minha, o torso, o gosto do suor, as pernas entrecruzadas e a indizível sensação de sua boca de maçã a percorrer e a beijar cada pedaço do meu corpo... Todos os sentidos direcionados à libido, à busca do êxtase puro.

Ah, indelével ânsia de amar, por que caminhas lado a lado comigo? Por que não me deixas? Não sei explicar a razão nem quero! Já estou irremediavelmente louco, embriagado de amor...

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, pensar e relembrar momentos passados com quem realmente se ama, é algo indescritível, imaginar que existem sentimentos de tamanha magnitude assim no mundo também, por isso às vezes, sinto-me meio assustada com o impacto causado por tais sensações que me invadem e fazem com que eu me perca de mim mesma, tantas e tantas vezes...

Porém, como fugir daquilo que mais amamos e queremos? Como nos desviar dos toques, beijos, sabores e cheiros? Como, esquecer dos momentos de loucura indizíveis dedicados especificamente ao prazer de se ter aquela pessoa "única" que nos olha de maneira singular e intensa, que qdo nos toca podemos ir ao paraíso ou a algum lugar no qual não caibam dores e tristezas, mas apenas a infinita necessidade de nos sentirmos satisfeitos enfim!

Valdeline Barros. disse...

Hummm... Ui! Isso foi tão tão... uiiii!
Me identifiquei, to-tal-men-te.
Estou vivendo algo parecido, algo desse tipo, assim... arrebatador!!
Tão bom poder, tão bom... :)