domingo, 26 de agosto de 2007

Considerações acerca do amor.

Amor: palavra tão simples, sentimento tão complexo. Pessoas insistem em distorcer o sentido de tal vocábulo, banalizando seu uso e associando-o a sensações menores, como a paixão. O verdadeiro amor só foi feito para nos trazer paz, alegria e toda uma gama de coisas positivas. E mais: ele só existe se houver reciprocidade. O amor maior não é carnal, mas altruísta. Independe de tempo, espaço e condição. Amor puro nos dá segurança e estabilidade. Já a paixão é responsável por uma série de doenças emocionais.

É bom ficar apaixonado: desejar, ter e dar prazer! Porém, tais sensações desaparecem na mesma velocidade com que surgem. No final, o saldo é a solidão, a qual nos torna vulneráveis a inúmeros vícios e exageros de toda espécie.

O amor nos esclarece. A paixão nos cega. Amor cura. Paixão fere... O amor é um "abrir-mão" de muitos princípios, tabus, caprichos e vaidades; por isso, é um sentimento tão difícil de ser cultivado, pois ainda somos egoístas e possessivos. Queremos prender, mas deveríamos libertar! Quando estamos apaixonados, costumamos creditar nossa razão de viver à existência da "pessoa amada" e desconhecemos que a felicidade deve partir de nós mesmos.

Amor é nobre, grandioso e se manifesta de várias formas: numa palavra amiga, num ato de caridade para com o próximo, num beijo sincero, na indulgência, no respeito, no cuidado consigo próprio e com os que nos rodeiam, na espiritualidade, na canção, nos momentos de silêncio etc.

Por outro lado, as paixões, por serem pequenas e mesquinhas, são fáceis de se reconhecer, pois todas têm, basicamente, as mesmas características: ciúme, dependência, orgulho exacerbado e posse.

Sabemos amar?

3 comentários:

Anônimo disse...

Não, não sabemos. Não do modo genuíno, altruísta... e dito "certo".
Mas o que é certo, afinal?
"A verdade não existe", já dizem os filósofos por aí...
Daí, penso cá com meus botões, que sim, o modo como misturamos paixão e amor, humanos que somos, se nos faz sofrer, ou nos faz sorrir... é ganho, em qualquer circunstância.
Estar na condição de humano, pressupõe certa tendência ao "erro", mas a nossa essência (ainda) divina... nos mantém no caminho da "perfeição". Não sei quantas vidas se leva para isso, não sei quantos passos errados, ou certos, temos que dar... até lá. Nem sei se acredito em outras vidas. No entanto, se é que não me falha a memória, não lembro de ver um prazo para o amor nas certidões de nascimento. 15 tombos, 7 decepções, alguns pares de lágrimas e somente um final feliz?
Dessa vez não falamos de experiência própria e nem de previsões da Mãe Dinah. É lógica. Ninguém quer, merece ou precisa morrer sozinho. Não por uma questão de tradições ou convenções. Porém vai virar deboche se dizer que não precisa de ninguém. Uma hora a gente aprende a sentir direito, acho.
Apaixonar e desapaixonar.... Faz sentido? Faz, e não faz, e faz, e não faz... E cada vez vale a pena!

Cláudia Campelo disse...

Amar é um exercício diário, e como tal requer dedicação, perseverança, e doses generosas de desapego e respeito. O "torna-te quem tu és" poderia muito bem substituir o "eu te amo". Se assim fosse feito, e o amor permanecesse, e reflorisse sempre, e sempre, e mais, aí sim. Aí sim...
Beijo

Anônimo disse...

Fred:

Olha só isso; talvez seja bem vindo:


paixão
do Lat. passione, sofrimento
s. f.,
sentimento excessivo;
amor ardente;
afecto violento;
entusiasmo;
cólera;
grande mágoa;
vício dominador;
alucinação;
sofrimento intenso e prolongado;
parcialidade;
o martírio de Cristo ou dos Santos martirizados;