segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Auto-retrato.

Às vezes penso que sou um poeta atormentado, insano e equivocado. Talvez eu seja um simples “nerd” hipertenso e viciado em nicotina, devaneios poéticos e canções de amor! Porém, em mim prevalece um vício maior: ser feliz. Mas pode a felicidade ser classificada como vício? Não seria um caminho ou um estado de espírito? Decerto, todos a querem, embora poucos a consigam. Ninguém está satisfeito por completo com o que tem. Essa insatisfação nos leva a uma busca desesperada e constante de um bem irreal, o qual está muito acima de nossas limitações de pobres mortais.

É difícil lidar com a ambigüidade tão presente nesta existência, tal qual o fogo e a água no planeta. Ganha-se daqui, perde-se dali! Desconsolo e solidão não são prerrogativas apenas dos desvalidos. Sofrem de tristeza o sóbrio e o ébrio, o branco e o preto, a Rita e a Beatriz, o belo e o mal-afeiçoado, o patrício e o plebeu. A vida é inconstante como o clima equatorial, em que os raios ensolarados de uma manhã facilmente se convertem em tarde sombria e chuvosa.

Bem, mas não vou ficar aqui a escrever coisas tolas e sem nexo sobre prazeres e dissabores! Tampouco terei a pretensão de querer explicar o que não tem explicação: o amor. Meu maior defeito (ou virtude) é gostar demais das coisas da vida e amar com toda a intensidade do meu corpo e do meu espírito! Contudo, há uma simples coisa que nunca consegui fazer: conjugar o verbo auxiliar SER na primeira pessoa do presente do indicativo junto ao verbo AMAR no particípio.

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