domingo, 4 de abril de 2010

A um amigo poeta


Às vezes me pergunto se o poeta está predestinado à solidão. Ele não tem norte, direção... Caminha sem bússola por entre matas fechadas. Vive afogado em seus mares de temores, segredos e amores. O "silêncio" das palavras é a sua arma mais poderosa. Ele faz da escrita a válvula de escape do seu desespero. Utiliza o lirismo como alimento necessário e indispensável à sua subsistência. É extremamente exigente e meticuloso em seus trabalhos. Irrita-se e alegra-se com facilidade. Chora e sorri na mesma intensidade. Ama a seriedade e o escracho. Prefere os labirintos às linhas retas. É quase sempre criticado e incompreendido. Aprisiona-se em seu próprio sonho de liberdade. Eleva-se espiritualmente mas se rende aos vícios terrenos. Aprecia as adegas e as tabacarias. Algumas vezes, ele é humilde; outras, narcisista. Não perdoa os próprios erros. Odeia a incoerência e permanece nela.

O poeta expressa seus sentimentos de uma forma tão ímpar que as emoções se sobrepõem aos seus desatinos. Tentar classificá-lo e entendê-lo é como reduzir-lhe o coração e o pensamento à mediocridade. Poetas não vieram ao mundo para serem compreendidos, mas para deixarem seu legado aos demais.

6 comentários:

Anônimo disse...

Tenho certeza que já li isso antes. Beijos!

Rafaelle Benevides disse...

gostei do blog.

Unknown disse...

RX DE POETA...EXCELENTE.TE ADOREI...MESMO!

Luiza Jardim disse...

Mt bom texto!

Tirzá Souza disse...

Oi! Seu blog é muito bom! Nos brinde, por favor, com mais postagens!

Hélia Burgos disse...

Belo texto.diria que poeta vive com emoções a flor de pele,assim ele transpira o tempo todo poesia, magia e encanto em suas palavras.
Parabéns pela postagem!
Desejo que vc tenha mto sucesso na vida!