O poeta expressa seus sentimentos de uma forma tão ímpar que as emoções se sobrepõem aos seus desatinos. Tentar classificá-lo e entendê-lo é como reduzir-lhe o coração e o pensamento à mediocridade. Poetas não vieram ao mundo para serem compreendidos, mas para deixarem seu legado aos demais.
CAFÉ CULTURAL
Música, literatura, jornalismo, cinema, opinião, variedades, confissões e devaneios...
domingo, 4 de abril de 2010
A um amigo poeta
O poeta expressa seus sentimentos de uma forma tão ímpar que as emoções se sobrepõem aos seus desatinos. Tentar classificá-lo e entendê-lo é como reduzir-lhe o coração e o pensamento à mediocridade. Poetas não vieram ao mundo para serem compreendidos, mas para deixarem seu legado aos demais.
quinta-feira, 25 de março de 2010
CD de duetos celebra os 50 anos de Renato Russo
1. Like a lover - com Fernanda Takai
2. Celeste - com Marisa Monte
3. Vento no litoral - com Cássia Eller
4. Mais uma vez - com 14 Bis
5. A carta - com Erasmo Carlos
6. A cruz e a espada - com Paulo Ricardo
7. Cathedral song - com Zélia Duncan
8. Change partners - com Caetano Veloso
9. Strani amori - com Laura Pausini
10. La solitudine - com Leila Pinheiro
11. Come fa um'onda - com Célia Porto
12. Só louco - com Dorival Caymmi
13. Esquadros - com Adriana Calcanhotto
14. Nada por mim - com Herbert Vianna
15. Summertime - com Cida Moreira
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Fumo
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Quero beijar-te mais sete mil vezes!!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
20 anos sem Lauro Corona
Cena da novela Direito de Amar (1987) – Adriano resiste às investidas da perversa Paula
http://www.youtube.com/watch?v=o2yGycKpPcE
Cena da novela Elas por Elas (1983) - Aracy Balabanian, Tássia Camargo, Lauro Corona e Mário Lago
http://www.youtube.com/watch?v=07bbLUa0Jfg
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Jorge Vercillo, inspiradíssimo, confirma a magnitude de seu carisma em show excepcional no Recife.
Desde o lançamento de seu último CD de estúdio, “Todos nós somos um” (2007), Jorge Vercillo vem colecionando elogios não apenas do público, que sempre lotou seus shows desde os primeiros discos, mas também da crítica, que passou a ver seu trabalho com mais receptividade e o dissociou finalmente da imagem do Djavan, que o perseguia desde o início da carreira, com comparações constantes e, muitas vezes, descabidas. Pode-se afirmar que Vercillo, de uns tempos para cá, tem vivido o auge de sua produção: modificou a sonoridade; trocou de banda; musicou texto inédito de Maysa; teve música em trilha de novela; participou de projetos especiais, como o “Coisa de Jorge”; diversificou parcerias com artistas do cacife de Fátima Guedes, Dudu Falcão, Marcos Valle, Nico Rezende, Isabella Taviani, Ana Carolina etc, e teve composições gravadas por Maria Bethânia, Leila Pinheiro, Pedro Mariano e Luiza Possi, dentre outros.
O referido disco de Jorge Vercillo rendeu bons frutos, como o CD/DVD ao vivo, “Trem da minha vida”, gravado no Canecão no início de novembro de 2008. O novo DVD reforça a densidade das canções do álbum “Todos nós somos um” e mostra a emoção que o CD de estúdio não consegue ressaltar em sua plenitude. Embora bem intencionado, o novo trabalho ao vivo sofreu algumas críticas por conter repetições de seu DVD anterior, datado de 2006, e também pelo fato de Vercillo ter deixado de fora da gravação algumas importantes canções como “Luar de sol”, uma das mais pedidas dos fãs, “Cartilha”, grande parceria com Fátima Guedes, e “Numa corrente de verão”, feita em duo com Marcos Valle. No entanto, só quem vai a um show de Jorge é capaz de sentir a força das canções e constatar a magnitude do carisma que ele tem com os fãs. É uma espécie de atração de ímã, que faz com que as pessoas não desgrudem os olhos do palco. Ele, com um jeito simples e, muitas vezes, requieto, consegue mesmo assim deixar o público em suas mãos.
Jorge Vercillo e Guilherme Arantes cantando "Planeta Água"
Jorge veio fazer seu enésimo show em Recife no último dia 06/06 para lançar justamente o novo DVD, que contém apenas uma música inédita, a faixa-título, “Trem da minha vida”, um reggae feito em homenagem à mãe dele. O show começou pouco tempo depois da apresentação solo de Guilherme Arantes, na qual Vercillo fez uma grata surpresa e cantou o hit “Planeta Água” com o cantor, no bis, em número ovacionado por uma platéia histérica. Como sempre, Jorge abriu o espetáculo com “Melhor lugar”, seguida pela autobiográfica “Tudo que eu tenho”. Logo depois, Jorge fez os cumprimentos e iniciou cantando, com sua voz de veludo, os versos “Eu tô pensando em tu que só/ É chão que chega a dar um nó/ Um homem para se envolver/ Difícil como o bicho se render”, brindando o público com sua doce canção “Luar de sol”, de sabor regional e com direito ao arranjo original completo. Rara beleza! Seguiram-se outros sucessos como “Signo de ar”, “Leve”, “Homem-Aranha” e a tão aguardada “Devaneio”, momento pungente do show. A grande surpresa do repertório foi a inserção da lúbrica “Cartilha”, canção que abre o CD “Todos nós somos um”, e que inexplicavelmente ficou de fora da turnê e do DVD ao vivo. Jorge teceu, com humor, algumas considerações sobre a letra dessa música:
“Vocês conhecem a Fátima Guedes? Pois é, a Fátima é uma libertina, no bom sentido. Quando nós estávamos fazendo essa música, ela, com aquela voz de professorinha de inglês, perguntou (Jorge imita a voz de Fátima e arranca risos do público):
- Jorge, você gostou da cartilha de amores hindus?
- Claro, Fátima, as imagens contidas na letra são muito bonitas! Gostei muito!
- Mas, Jorge, você sabe o que é a cartilha de amores hindus?
- Sim, são imagens que você usou na letra e...
- Não, Jorge! A cartilha de amores hindus é o kama-sutra!
Depois de ouvir isso, aí foi que fiquei gostando mais da música. Mas então ela continuou:
- Jorge, e aquela parte da letra que fala dos lábios azuis?
- Sim, achei muito bonita. É pra combinar com aquela parte que fala em pedaço do céu... Ficou legal falar em azul, essas imagens, coisa e tal...
- Jorge, você não sabe o que são os lábios azuis? São os lábios genitais femininos! (O público adorou!)
Depois disso eu passei a gostar mais ainda dessa música!”, afirmou o cantor.
Logo depois, Jorge cantou a ótima canção “Toda espera”, e afirmou “Vocês pediram essa música, ela não ia entrar no DVD, mas por causa de vocês, ela acabou se tornando uma das mais importantes”. Após cantar canções como “Vôo cego”, “Trem da minha vida”, “São Jorges” e “Ela une todas as coisas”, Vercillo abriu espaço para pedidos: voltou ao passado e entoou a bela canção “Praia nua”, da forma como ela foi originalmente concebida, com voz e violão. Ele cantou alguns trechos da letra em espanhol. Em seguida, depois de pedidos incessantes das pessoas, Jorge cantou “Avesso”, música constante nos seus shows em Recife desde a época da turnê “Leve” (2000-2001) e que nunca saiu do repertório, devido a toda história que se criou em torno dela, por causa da letra de teor homoafetivo. Sobre “Avesso” e também “Final Feliz” (que alguns afirmam ser a extensão da primeira), o jornalista e pesquisador musical Rodrigo Faour afirma em seu livro “História sexual da MPB: a evolução do amor e do sexo na canção brasileira”, Ed. Record, 2006, pág. 425-426:
Encerrando o velho milênio, um dos poucos artistas da MPB jovem a se firmar como cantor e compositor, Jorge Vercilo emplacou no CD “Leve” duas canções de apelo homoerótico. A primeira – ao que parece – foi sem querer. Trata-se do mega-sucesso Final feliz – gravada em duo com seu ídolo Djavan –, que dizia “Chega de fingir, eu não tenho nada a esconder (...) Pode me abraçar sem medo/ Pode encostar sua mão na minha, e a segunda, bem mais contundente, Avesso. “Fiz Final feliz falando de duas pessoas com medo de assumir um sentimento. Tenho amigos homossexuais que realmente já tinham feito a associação, mas a letra não foi com essa intenção”, explicava Vercilo. “Mas nesse mesmo disco tem Avesso, que realmente fala do amor gay, em homenagem a um produtor meu, Ricardo Camilo, que já faleceu. “Por acaso, Avesso fez sucesso no Nordeste antes de Final feliz, e alguns amigos pensaram até que fosse uma continuação”, continua.
Avesso começava na velha cena de bar gay, presente em várias outras músicas do gênero: “Num insuspeitável bar, pra decência não nos ver/ Perigoso é me amar, doloroso querer/ Somos homens pra saber o que é melhor pra nós/ O desejo a nos punir só porque somos iguais”. Em seguida, vinha o panfleto no melhor estilo “Anos 70”: “A Idade Média é aqui/ Mesmo que me arranquem o sexo, minha honra, meu prazer/ Te amar eu ousaria/ E você, o que fará se esse orgulho nos perder?”. Era a hora do desabafo: “O que eu sinto, meu Deus, é tão forte!/ Até pode matar/ O teu pai já me jurou de morte por eu te desviar/ Se os boatos criarem raízes, ousarias me olhar, ousarias me ver?/ Dois meninos num vagão e o mistério do prazer/ Perigoso é te amar, obscuro querer/ Somos grandes pra entender, mas pequenos pra opinar/ Se eles vão nos receber, é mais fácil condenar ou noivados pra fingir?”. Que forte, Jorge!
Após atender os pedidos, Jorge cantou “Encontro das águas” e depois “Fênix”, número que se repete desde a turnê “Elo”, de 2002. Foi a hora de “Camafeu guerreiro”, com direito a roda de capoeira, encenação e tudo mais. Seguiram outros hits radiofônicos, como “Monalisa” e “Que nem maré”. No bis do show, veio a surpresa, quando Jorge voltou e, ao violão, entoou “Himalaia”, de seu ótimo, mas quase esquecido disco “Em tudo que é belo”(1996). O cantor terminou a longa e esfuziante apresentação com “Líder dos Templários” e “Vela de acender, vela de navegar”.
Após o show, já quase às três da manhã e Jorge era só simpatia no camarim. Eu disse a ele:
- Rapaz, você estava incansável hoje! Duas horas e vinte de show! Que maravilha!
- Pois é, Freddy, as pessoas não queriam me deixar ir embora hoje! (Risos). Muitos pedidos! Pediram “Himalaia” no final. É cansativo, porém gratificante. Mas não é sempre que eu agüento esse tempo todo.
- Muito bom você ter inserido “Cartilha” pela primeira vez aqui em Recife, e fazê-la com banda, arranjo completo etc.
- É, as pessoas me cobram muito as músicas que ficaram de fora do DVD. “Luar de sol”, por exemplo, é uma delas.
Depois de um abraço no ídolo, despeço-me satisfeito e no estado de graça que só quem tem a música como alimento da alma é capaz de sentir e compreender.
Vida longa e muito sucesso ao nosso Jorge Vercillo!!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Rede Globo causa grande mal-estar ao cortar exibição de cantoras no especial em homenagem a Roberto Carlos
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Nostalgia: a música de Isolda e Milton Carlos
"E você reservada, tão quieta, não fala
mas sabe me endeusar
no exato momento da nossa agonia
pra se completar
com seus beijos ardentes, tão doces, tão quentes
vem me embriagar
no entanto, sentida, no instante da briga
chega a delirar
Entre bocas nervosas, com risos, com prosas
vamos nos pertencer
E rasgando essa vida da forma precisa
de amar e de se ter...
Eu quero seu amor a qualquer preço
Quero que você me tenha até pelo avesso
Pra me sentir envolvido em seus cabelos
Faça de mim o que quiser
Eu sou seu homem, minha mulher"
Roberto Carlos - LP de 1976
Um jeito estúpido de te amar
"(...) Palavras são palavras
e a gente nem percebe
o que disse sem querer
e o que deixou pra depois
Mas o importante é perceber
que a nossa vida em comum
depende só e unicamente de nós dois.
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito
meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar"
Em 1977, um trágico acidente de carro na via Anhanguera, em São Paulo, pôs fim à vida de Milton Carlos, com apenas 22 anos de idade. Isolda, mesmo profundamente abalada com a morte prematura do irmão, companheiro e parceiro musical, compôs sozinha a sua mais importante e bela canção, Outra vez, que foi gravada no mesmo ano por Roberto Carlos e acabou se tornando um dos maiores sucessos do cantor. A letra sugere o fim de um romance, mas na verdade é uma homenagem de Isolda a seu irmão, e trata de um amor fraterno que se mantém vivo através das lembranças.
Outra vez
Esqueci de tentar te esquecer
Você foi o melhor dos meus planos
Sobre a morte do irmão e a música Outra vez, Isolda relata em seu blog:
“Acho que minha vida se divide em antes e depois desse dia. Pensei em voltar a estudar, em tomar outro rumo, mas no meio dessa tempestade encontrei vários amigos que me abrigaram, emocionalmente e, mesmo sem perceber, continuei fazendo sozinha o que sempre fiz desde menina: brincar de fazer músicas. Desse momento em diante, sem mais o meu amigo para brincar comigo. Foi assim que fiz, numa madrugada, uma música desprovida de qualquer ambição futura, uma confidência sincera: ‘Outra vez’. Gravei essa canção numa fita entre outras e entreguei para Roberto Carlos”.
Isolda continuou compondo para vários artistas. Roberto gravara, ainda, Tente esquecer (1978), Como é possível (1982) e outras nas décadas de 80 e 90.
Milton Carlos, apesar da curta carreira, também deixou grandes registros na sua própria voz, dentre eles: Samba quadrado (canção que teve bastante êxisto na época e até hoje é lembrada por grupos de samba/choro); Uma valsa, por favor; Vexame; Desta vez te perdi; Eu juro que te morreria minha; Memórias do Café Nice ("ai que saudade me dá... do bate-papo, do disse-me-disse lá do Café Nice/ ai, que saudade me dá"); e a belíssima Você precisa saber das coisas.
Fontes pesquisadas:
- Blog "Engenho e Arte":
http://www.paulobap.blogspot.com/ (acessado pela última vez em 29/05/2009);
- Isolda (Site oficial):
http://www.isolda.mus.br/ (acessado pela última vez em 27/05/2009);
- Site "Paixão e Romance"
www.paixaoeromance.com/70decada/outra_vez/houtra_vez.htm (acessado pela última vez em 29/05/2009).
terça-feira, 31 de março de 2009
A poesia lúbrica de Bruna Lombardi.
Tenho os caprichos inerentes à natureza da mulher
Ah, eu queria saber de cor o nome das estrelas
Penso, ele há de perceber, me encosto um pouco
desejo que não acontece
Baixo ventre
Sinistro
ensopada de paixão e de água fria
Jorge Vercillo lança "Trem da minha vida"
domingo, 8 de março de 2009
Mulheres...
*Tu és mulher
Tu és um ser
Que pode ser mais do que é
Um passarinho, fruta qualquer
Pode ser doce
O fel até
Pode não ser como quiser
Mas serás a guerra e a paz
Serás o bem e não será demais
Lúcia Veríssimo
Camila Pitanga
Pode levar na bandeja/A cabeça de um cristão/ Pode servir ou vir a ser/ O seu próprio sim ou não.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Mensagem aos leitores.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
A felicidade reside na ignorância.
Os últimos dias têm sido para mim uma verdadeira prova de fogo, pois vejo minha liberdade cerceada em todos os aspectos, e preciso lutar o tempo inteiro para tentar quebrar todas essas correntes presas a mim. Numa dessas tentativas, resolvi dar vazão a uma paixão arrebatadora, e corajosamente me dispus a admitir para mim mesmo que eu queria engrenar um relacionamento sério e duradouro, pautado em razão e sentimento de amor. Como um bicho acuado e medroso permuta suas angústias em pura valentia, algumas pessoas fazem exatamente o contrário: transformam seus receios em ações de covardia e desdém. E foi isso que aconteceu com a contraparte, ao ceder à vil chantagem emocional de uma 'persona non grata' que, motivada por ressentimentos, só quis me destituir de crédito, em vias de injúria e maldade, causando sofrimento psico-emocional em minha humilde pessoa.
Meu defeito mais humano é amar em demasia, mas não posso ser diferente. Sou um anjo carnal, e não cabe a mim a tristeza ou a vergonha. A minha razão agora passa a prevalecer sobre minha emoção, e renuncio a mais um amor, na certeza de que ofereci o melhor de mim. Em meio a tanto descaso e desamparo, meu bom humor ainda me faz vislumbrar beijos e baladas, bossas e sambas numa partitura contínua de esperança!
Os amores passam, mas as canções ficam! E o carnaval tá chegando... Viva o mês de fevereiro! Viva a música! Viva Vercillo! Viva a gente!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Descaso
Céu, estrelas
Limbo, leito
Paixão nova
Cores belas
Longe-perto
Açoite, peito
aberto em chaga, dor...
Sangue jorra
Frio arde
Luz se apaga
- Que demora!
Não me mate, amor...
Vazio, já vou tarde
O descaso não tem hora
Tanta espera me cansou!